Apetece-me acabar como o sol, no fim do dia.
Às vezes, cair como as pedras no precipício.
É o teu sorriso que me salva!
Queria eclipsar-me como a lua, na lua nova.
Às vezes, encolher-me como os ouriços cacheiros no medo.
O teu abraço é que me liberta!
Sinto a alma a rebentar como os balões, no fim da festa.
Às vezes a fé a afundar-se antes de adormecer.
É o teu olhar que me mostra a luz!
Tenho o corpo a desmoronar-se como os prédios em ruínas.
Às vezes, a cara molhada com solidão, como os velhos.
A tua boca é que me cala a dor!
Preciso de chorar como as nuvens, no fim do verão.
Às vezes, tremer como as crianças no escuro.
É a tua voz que me acalma!
Naufrágo todos os dias numa ilha, como ave perdida.
Às vezes, a saudade faz-me penar depois de acordar.
A tua força é que não me deixa desistir!
*abrigo subterrâneo de betão
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